domingo, 20 de março de 2011

Fanfic - Eu, a vampira - PRIMEIRO CAPÍTULO

Gente!!
Olá!
Essa é o primeiro post aqui neste blog e quero que vocês gostem.
Hoje eu vou colocar o começo de uma fic pra vocês.


CAPÍTULO 1


Eu chamei um táxi, sentei e determinei que esperaria em torno de quinze minutos para que algum carro amarelo parasse em frente a minha casa, então comecei a listar mentalmente as coisas mais importantes que eu poderia esquecer: celular, casaco de malha, botas, óculos, luvas, boné, passaporte e passagem. Tudo estava guardado dentro da minha bolsa, separado da minha outra mala de roupas. Ah! Quase me esqueci da mochila dos pára-quedas.
   Quando eu ouvi o carro descendo a três quadras, peguei minha bolsa e minha mala com uma mão e com a outra abri a porta e a fechei. Meus pára-quedas estavam nas costas. Coloquei a chave debaixo do tapete, onde eu falara no dia anterior, para o homem que eu tinha vendido a casa, que estaria lá e esperei na calçada, enquanto o taxi vinha devagar.
   – Aeroporto, por favor – Falei ao taxista, assim que coloquei a mala no porta-malas e entrei no carro.
   – Claro, senhorita. – O homem disse.
   Ele tinha um cabelo grisalho e uma barriguinha a mais, a mesma que vários homens na facha dos cinquenta anos têm. Colocou uma música clássica no rádio e seguiu viagem.
   – Posso fazer uma pergunta? – O taxista perguntou depois de um longo tempo.
   – Claro – Disse sem entusiasmo.
   – O que uma moça tão jovem quanto você, está fazendo a essa hora da madrugada, indo para um aeroporto?
   – Vou visitar os meus pais. – Disse rapidamente.
   Depois disso, nenhum de nós dois falou nada, continuamos em silêncio, apreciando a vista dos prédios de Nova York, o que eu não veria por um bom tempo. Pelo menos até todos do meu bairro tivessem morrido, eu não iria voltar para Nova York se não eu iria correr o risco das pessoas desconfiarem de mim, porque não é todo mundo que passa dez anos e ainda está com a mesma cara de quando se tinha dezessete.
   Quando estávamos chegando ao aeroporto, abri a minha bolsa, peguei os meus óculos escuros e coloquei-os sobre os olhos. Paguei o homem e abri a porta do carro.
   Percebi que a maioria das pessoas estava com várias blusas e casacos. A maioria devia estar com muito frio, menos eu. Estava apenas com a minha blusa de manga longa e uma calça jeans. Todos estavam olhando para mim. Mas era de se esperar. Quando encontramos alguém com a cor de papel, lindos cabelos negros e roupas que seriam normais no verão, mas que no inverno, nevando, faziam a pessoa congelar, algumas pessoas até desconfiam.
    Passei andando, fingindo que não estava observando vários pares de olhares curiosos, fingindo que eu era apenas uma adolescente normal, que estava a caminho de casa, que iria apenas à Boston no mês de fevereiro, no inverno, para visitar os meus pais e para começar o ano em uma nova escola de ensino médio, que eu não iria para lá só para...
   – Moça! – Disse uma menina, na faixa dos nove, dez anos. – Você não está com frio?
   – Não. Eu... Eu não tenho muito frio.
   – E porque você é tão branca assim? – Ela perguntou novamente.
   Não respondi. Porque aquela menina queria saber isso? Será que ela percebia o perigo que me rondava?
   – Você parece estar com fome. Deixa eu pegar um biscoito para você. – Ela abriu sua pequena bolsa e começou a retirar uma lata de metal, quando eu percebi que na quina, tinha uma ponta afiada e que podia muito bem cortar um dedo. E antes que eu pudesse detê-la, ela passou o dedo pela quina e eu observei enquanto uma linha escarlate escorria do seu dedo indicador. – Ai! Acho que eu tenho que...
   Mas antes que ela pudesse terminar a frase eu corri para os banheiros. Tentei alcançar uma velocidade normal, mas se eu não saísse dali rápido, a garotinha poderia correr riscos de vida.
   Cheguei ao banheiro em poucos segundos e sem nem um pingo de suor. Sentei em um dos pufes do banheiro e esperei alguns segundos até me acalmar. Se alguém entrasse no banheiro agora iria ver uma pessoa normal por fora, mas atrás dos meus óculos se encontrava um par de olhos vermelhos e nos meus dentes duas pontas afiadas como espada no lugar de dois caninos humanos.
   Saí do banheiro bem a tempo de ouvir a última chamada do meu vôo. Entreguei a passagem à mulher e fui em direção ao avião.

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