quarta-feira, 6 de julho de 2011

Eu, a vampira - QUARTO CAPÍTULO

Acordei no outro dia, no meio da mata e em frente ao hotel.
   Eu adormecera ali mesmo, depois de o sono ter batido em mim, não onseqüê, deitei e graças a Deus, não tive nenhum sonho significativo, apenas sonhei que estava em um campo florido, sentada, conversando com minha irmã mais velha, que estava morando na Itália, mas que tinha resolvido nos visitar em Paris.
   Aquele não era um sonho realmente, era uma lembrança, dos tempos em que eu ainda era normal, algumas semanas antes de eu virar essa quem sou agora.
   – Então, você viaja quando? – Pergunto para minha irmã.
   – Ah! Ainda não tenho certeza, mas planejo ir semana que vem. Acho que como o tempo está chuvoso, deve levar uns quinze dias viajando de carruagem, se não tiver problemas. Tenho alguns assuntos que deixei soltos na Itália. – Ela parou de falar e depois sorriu de orelha a orelha – Mas vamos parar de falar sobre isso. Eu trouxe um presentinho para você. Espero que você goste.
   Ela abriu sua bolsa e retirou uma pequena caixinha vermelha com detalhes prateados. Abri e dentro se escondia um lindo colar em formato de coração.
   – Abra – Disse minha irmã, alegremente.
   Abri e encontrei uma pequena foto da nossa família. Eu no meio, com meus cabelos longos e negros cabelos destacando os meus olhos verdes, que estavam de acordo com o meu vestido, também verde, mas com alguns detalhes dourados, minha irmã ao meu lado direito, com seus cabelos castanhos e os olhos azuis, iguais aos do meu pai, que estava à minha esquerda, com uma roupa social e o cabelo cortado. Por fim minha mãe, ao lado do meu pai, usava um vestido azul simples, que destacavam seus olhos da mesma cor do meu.
   – Lauren! Obrigada! É lindo. – Eu disse e dei um abraço forte na minha irmã – Vou sentir saudades de você quando for embora. – Sussurrei.
   – Tudo bem Kristen! Se quiser me enforcar é melhor comprar uma corda. – Ela disse sorrindo.
   Eu também ri e comecei a catar algumas margaridas ao nosso redor. Estavam cheias delas. Também tinham ipês roxos, brancos, várias flores de vários tipos, como: rosas vermelhas, lírios, tulipas e até alguns cravos; passarinhos cantando para todos os lados e um casal de coelhos correndo com seus filhotinhos.
    – Eu amo este lugar – Disse, enquanto olhava para frente, para a casinha pequena que tinha.
   Ela era toda detalhada por dentro e era cheia de amor e compaixão, o que mais importava para mim. Aquele lugar era lindo, perfeito, era tudo o que eu precisava. Era um presente da minha mãe, para mim e minha irmã, que tínhamos ganhado no Natal passado.
   Na verdade, morávamos em uma casa nobre, na cidade. Éramos uma família rica da França e ganhávamos muitos presentes do rei e um deles foi esse local, em que ele dera para minha mãe, que logo passou para nós, também como um presente e, desde então, era o lugarzinho secreto meu e da minha irmã.
   – Eu também amo – Lauren disse, também olhando para a casa. – Vamos entrar. Vou cozinhar um prato especial para você.
   Ela, já levantada, estendeu a mão para mim e eu a peguei e fomos direto para a cozinha, um local não muito grande, mas que era bem requintado, com panelas caras e móveis chiques.
   – Se chama massa ou macarrão. – Ela disse pegando algumas coisas que eu nunca tinha visto, mas que estavam dentro de um armário. – Não é muito comum na nobreza aqui na França, mas é muito saboroso. Acho que você vai gostar.
   Esperei ela cozinhar algo com uma cor meio amarelada e adicionar um molho vermelho. Depois de alguns minutos, já estava pronto.
   Tinha um cheiro ótimo. Era algo com uma aparência muito boa e que também tinha um gosto muito bom. Tinha um gosto de tomate no molho. Era delicioso, muito diferente das comidas da França, que eram um estilo mais refinado e elegante.
   – E então? Gostou?
   – Adorei! É muito bom. Onde você aprendeu a cozinhar desse jeito?
   – Eu me interessei. Sempre fui fascinada por arte culinária e porque eu iria perder isso só porque mudei de país? – Lauren disse – Resolvi aprender na Itália, porque lá as comidas são bem mais simples e bem mais fáceis que as francesas. – Ela deu de ombros. – Que tal nós corrermos no campo?
   Eu assenti com a cabeça.

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