sábado, 9 de julho de 2011

Eu, a vampira - QUINTO CAPÍTULO

Eu acordei nesse momento e, graças a deus, estava em um lugar coberto e a noite já havia começado.
   A coisa que eu mais desejava era estar naquela época, estar naquele momento em que tudo era simples e fácil. Que tudo se resumia a curtir a vida.
   Mas eu não iria remoer os meus problemas, enquanto o tempo passava e eu precisava ir para Boston. Eu já tinha provado demais das onseqüências de ir a avião, agora eu iria correndo mesmo. Apenas corri pela parte das florestas e quem me visse correndo, acho que nem chegaria a ver nada, apenas uma terra em vento se movendo atrás de mim.
   Cheguei à parte florestal da cidade de Boston em alguns minutos, acho, não estava prestando muita atenção, meus pensamentos estavam distantes, se encontravam em uma universidade de medicina famosa na cidade, cujo eu tinha combinado de chegar amanhã para se encontrar com um professor que era totalmente normal, a não ser pelo fato que tomava sangue, era muito bonito e nunca ficava velho.
   Cheguei a uma trilhazinha que levava a uma rua e a segui.
   A rua era pequena e tinha alguns buracos. Por volta dela era só mata e passava apenas alguns carros. Andei em uma velocidade normal pela rua e cheguei a uma parte da cidade mais pobre, onde tinham casas menores. Eu certamente não sabia onde estava e como chegar ao local que eu queria, então resolvi perguntar a alguém.
   Parei em frente a uma mulher com o cabelo prendido em um rabo-de-cavalo.
   – Oi. Você sabe onde fica a universidade de Harvard?
   –Não, mas vai naquele barzinho ali, talvez alguém saiba te explicar como chegar lá. – Ela disse, enquanto apontava para um local, pequeno, sujo e que, com certeza, só ia bêbados.
   Agradeci a mulher e fui até o caixa do bar.
   – Anh... O senhor sabe como chegar à universidade de Harvard? – Perguntei.
   – Sim – Ele disse, enquanto me olhava de cima a baixo. Provavelmente ele via uma pessoa toda em roupas, nenhum milímetro fora de um tecido. – Mas para a senhorita vai custar um pouquinho – Ele disse, com um meio sorriso sarcástico no rosto barbudo.
   – De quanto estamos falando? – Disse, enquanto tirava as roupas extras de que nada funcionariam agora. Elas eram mais proteção só no de manhã.
   – Uns cem dólares. Mas com mais cinquenta te levo a pé.
   Olhei para o homem com um ar de choque. Cem dólares? Cem dólares apenas para me falar o nome de algumas ruas?
   – Faço setenta e cinco – Ele disse.
   Retirei a minha carteira bege de couro e peguei a quantia. Fiz um gesto com a mão que ia entregar o dinheiro, mas coloquei a mão rapidamente atrás das minhas costas.
   – Só depois que falar aonde devo ir.
   Ele me explicou o caminho e eu entreguei o dinheiro.

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